O cenário político atual
O ano de 2025 foi aberto com notícias que abalaram tanto o mundo real quanto o digital. Com a atual vitória do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e a sua sutil maneira de inundar os poderes Legislativo e Judiciário, com uma enxurrada de decretos já no segundo dia como presidente – estratégia conhecida como flooding the zone usada para sobrecarregar os oponentes e enfraquecer sua capacidade de resposta – suas intenções de executar o que ele havia prometido na sua campanha estão cada vez mais claras. Nesse clima de abalar as estruturas do que havia sido previamente construído pelo partido democrático e seu antigo representante, Joe Biden, os três cavaleiros da Big Tech: Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos, sempre aliados do governo em vigor, também colocaram suas cartas na mesa em rumo de uma nova experiência de usuário no mundo virtual.
Uma das decisões mais significativas quando falamos de representação de poder foi a de Mark Zuckerberg que declarou acabar com o fact-checking (checagem de fatos) dentro dos aplicativos da Meta (Instagram, Facebook e Whatsapp). Mas o que seria o fact-checking, quando ele foi adotado pelo diretor executivo da Meta e por que é tão representativo ele ser revogado? A checagem de fatos nada mais é do que um trabalho terceirizado feito pelas agências de checagem que consiste na apuração de fatos para o incentivo à transparência do processo jornalístico, combatendo assim notícias falsas de serem disseminadas pelas redes sociais.
Segundo o New York Times, o programa foi adotado nas redes do Meta em novembro de 2016 quando o Facebook foi acusado de propagar fake news e teorias da conspiração envolvendo a primeira eleição de Donald Trump e, para combater tais acusações, Zuckerberg anunciou que começaria a trabalhar com agências de checagem de fatos. Acompanhando a linha temporal da ferramenta é evidente a semiótica de se revogar um programa que inicialmente foi criado para o combate a fake news e ao discurso de ódio, principalmente após toda a construção de sentido dos decretos do presidente Donald Trump.
Por que estar informado?
Estar informado é imprescindível para todo e qualquer cidadão independente da idade, classe, raça ou gênero, o acesso à informação de qualidade é o que dá possibilidade a um indivíduo de navegar assertivamente nas situações sociais, tomar decisões importantes, fortalecer o senso crítico. O uso indevido dos veículos de notícias podem mudar o rumo político e econômico de um país pelos próximos futuros 4 anos, por isso o compromisso com a verdade e com a não obscuridade dos fatos é tão fulcral para a construção de um povo consciente. E é por isso que a equipe do CEDIN se propôs a escrever e divulgar uma newsletter semanal que ofereça a nossa perspectiva sobre as notícias atuais da política, do direito e do comportamento do Brasil.
Segundo um estudo realizado pela Fundamento Análises mais de um quinto da população brasileira afirma que se informa estritamente por meio das redes sociais, principalmente pelo instagram, acompanhando os perfis de notícias, mas agora sem a checagem de fatos como podemos ter certeza que o jornalismo digital que consumimos está sendo feito de forma íntegra e moral e que os usuários não estão consumindo conteúdo enviesado politicamente? Felizmente existem muitos espaços virtuais que são comprometidos com a verdade e com a informação, basta que os usuários escolham com cautela canais de notícia confiáveis e com um bom respaldo crítico e intelectual.
