Por que precisamos falar sobre liderança feminina?
Pela primeira vez na história, mulheres CEOs compõem cerca de 10% das empresas da Fortune 500, lista das maiores companhias dos EUA por receita. O dado foi apresentado pela revista Forbes em uma matéria de abril de 2023.
Com certeza, a notícia demonstra como estamos diante de um marco importante para a presença feminina no mercado de trabalho! Entretanto, o caminho em busca de mais espaço ainda deve ser trilhado por essa e outras gerações de profissionais.
O CEDIN reconhece a importância da liderança feminina e, neste artigo, vai trazer dados sobre as mulheres que ocupam cargos decisores atualmente, quais são os benefícios de tê-las na gestão e o que uma empresa pode perder sem suas ideias.
Boa leitura!
A história da presença feminina no mercado de trabalho
Antes de começarmos a falar sobre o panorama atual da liderança feminina, é proveitoso lembrar o contexto histórico da mulher no mercado de trabalho.
Apenas no século XX as mulheres passaram a integrar a força de trabalho. Um dos grandes impulsionadores dessa presença foram as crises econômicas mundiais e as grandes guerras. Com a subsistência nas mãos apenas dos homens, era um desafio prover para uma família em plena crise econômica, ou quando ele partia para a guerra. Portanto, as mulheres saíram das cozinhas dos lares e foram trabalhar.
Porém, essa inserção foi um processo lento. Com a nova Constituição, em 1934, as mulheres ganharam seus primeiros direitos trabalhistas. Já em 1970, vemos os primeiros números expressivos da participação feminina no mercado de trabalho.
E, atualmente, a presença das mulheres é a mais expressiva da história. Dados da PNAD Contínua, em 2019, mostram que 70,6% das mulheres brasileiras entre 18 e 59 anos vivendo em áreas urbanas compõem a força de trabalho nacional.
O panorama atual da liderança feminina
Desde os anos 70, as mulheres tomam mais lugares nas universidades e no mercado de trabalho. Elas ocuparam todos os setores! Contudo, essa presença ainda enfrenta desafios ao chegar às mesas de diretoria.
Número baixo de líderes femininas
Em uma pesquisa conduzida pela Grant Thornton, empresa global de auditoria, consultoria e tributos, os dados obtidos revelam como mais mulheres estão ocupando cargos de liderança.
Atualmente, cerca de 38% ocupam os cargos de liderança no Brasil, o que é um avanço quando comparado aos dados de 2019, de 25%.
Entretanto, os cargos mais ocupados estão distantes da liderança executiva. A diretoria de recursos humanos é a posição mais ocupada, com 43%. Além do RH, as mulheres estão à frente das áreas de marketing e finanças.
A CEO ainda é, majoritariamente, masculina.
Disparidade salarial por gênero
A Catho, empresa de recrutamento e seleção, realizou uma pesquisa em fevereiro de 2021 que retrata o cenário de disparidade salarial por gênero.
Na reportagem de divulgação da pesquisa, lemos:
“Segundo pesquisa salarial realizada pela Catho (…) mesmo ocupando os mesmos cargos e com as mesmas funções, as mulheres chegam a ganhar até 34% menos que eles. Já em funções como gerente e diretor, elas chegam a ganhar 24% menos que os homens, por exemplo”.
Complementarmente, enquanto apenas 24% dos homens possuem nível superior e pós-graduação — em comparação com os 30% das mulheres — eles podem ganhar salários até 52% mais altos.
O preconceito da maternidade
“E quem vai ficar com seu filho?”
Um levantamento feito pela plataforma Vagas.com mostra que a maternidade ainda é vista como um empecilho para a presença de lideranças femininas. Mais de 70% das mulheres entrevistadas já foram perguntadas se são ou pretendem ser mães em alguma etapa do processo seletivo para uma vaga, responderam que não.
Mas o dado complementar é chocante. Destas, 43% afirmam que “a decisão é por conta da dificuldade de conseguir emprego ou se manter no mercado de trabalho”.
E este dado é reforçado por uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dentre as 247 mil mães que responderam o levantamento, 50% passaram por uma demissão após dois anos da licença maternidade.
Em resumo, as lideranças femininas que têm filhos são vistas como mais instáveis e menos comprometidas com os resultados. Sendo assim, ficam de fora da lista de promoções ou recebem salários mais baixos.
O que uma empresa perde sem a liderança feminina
Duas pesquisas importantes demonstram o que uma empresa pode perder ao deixar as mulheres do lado de fora das salas de reunião. Ambas foram divulgadas pela revista Forbes em abril de 2023.
A primeira é o relatório The Ready-Now Leaders da ONG Conference Board. Os dados obtidos revelaram que “as organizações com pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança têm 12 vezes mais chance de estar entre as 20% melhores em desempenho financeiro”.
A segunda é uma pesquisa da Leadership Circle. Os respondentes — 84 mil líderes e 1,5 milhão de avaliadores — demonstraram que “as lideranças femininas aparecem com mais eficácia do que seus colegas homens em todos os níveis de gerenciamento e faixas etárias”.
Portanto, negligenciar a liderança feminina significa perder resultados acima da média, especialmente os financeiros.
Benefícios de uma liderança feminina
E trouxemos mais um estudo!
De acordo com um estudo da consultoria McKinsey, veiculado pela IstoÉ Dinheiro, a liderança feminina pode aumentar expressivamente o acréscimo no Produto Interno Bruto (PIB) global. Até 2025, as mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança podem gerar um aumento de até US$ 12 trilhões.
Quando olhamos para o Brasil, os números também demonstram que a presença e liderança de mulheres provocaria um acréscimo de US$ 410 bilhões no PIB nacional.
O desempenho da liderança feminina, incluindo as mães, é visto em números e crescimento. Ter mulheres nas mesas de diretoria faz com que sua empresa, país e mercado internacional ganhem mais dinheiro.
Lideranças femininas no CEDIN
O CEDIN conhece bem os benefícios de ter uma liderança majoritariamente feminina. A presidente, Joice Costa, e a diretora da instituição, Mariana Bicalho, são exemplos de mulheres que ocupam cargos decisores e beneficiam toda a organização.
Além delas, o CEDIN conta com um corpo docente formado por coordenadoras, professoras e auxiliares que representam a força de trabalho das mulheres e das mães.
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