Compliance Internacional

As empresas transnacionais e multinacionais, possuem atividades para além do seu país de origem. Oferecer produtos e serviços em escala global pode ser bastante desafiador. Gerenciar grandes cadeias de produção, manter centenas ou milhares de colaboradores alinhados com os objetivos de transparência e idoneidade, exige um bom programa de compliance em escala global.

A empresa precisa transpor seu programa de compliance da sua sede de operações principal para as bases menores. Ela precisa ajustar seu apetite ao risco (quantidade e tolerância ao risco que uma organização está disposta a gerenciar) de acordo com a realidade de cada base de operações.

As atividades de controle devem ter clareza de diretrizes da matriz para as filiais, para que não haja “zonas cinzentas” que propiciem atos incoerentes com a missão e cultura de compliance da empresa. O Compliance Officer (que é o responsável pelo escritório de compliance da empresa), deve zelar para que a mensagem seja atingida em todos os setores da empresa, de forma igual para todos.

O programa de compliance deve se adequar as realidades regulatórias de cada país, mas, sempre mantendo a convergência do programa da matriz. Não pode haver dúvidas quanto a conduta da empresa, o que pode ou não ser feito, deve ser documentado. É importante que a operação de cada base estrangeira tenha seu próprio departamento de compliance e seu próprio Compliance Officer.

O desafio de manter uma operação de compliance ao nível global é grande, mas, os ganhos são muitos. Ganhos de reputação, de qualidade e seriedade dos fornecedores, grande diminuição na possibilidade de desvios e lavagem de dinheiro, mitigação dos riscos, maximização dos lucros, dentro outros. É primordial que toda empresa com operações internacionais tenha um bom e eficiente programa de compliance.

Luiz Leandro Garcia
Monitor da Pós-graduação em Direito Internacional pela Faculdade CEDIN

Fonte: https://administradores.com.br/artigos/compliance-internacional